Como fazer Due Diligence de fornecedores?
Due diligence é um procedimento que permite que você conheça melhor seu parceiro de negócio através de uma avaliação detalhada das suas operações, evitando qualquer possibilidade de fraude ou ilegalidade.
Traduzido do inglês, a expressão due diligence significa “diligência prévia” e normalmente ocorre antes de uma negociação com um fornecedor. O processo envolve a análise de diversos aspectos da sua gestão, sejam eles fiscais, tributários, jurídicos, industriais ou de qualquer outra natureza.
Com a apresentação de todas as informações que envolvem a estrutura organizacional, de negócios e de integridade ou relacionamento com agentes públicos, é possível identificar irregularidades e aumentar a segurança na contratação dos bens e serviços.
É a due diligence que ajudará a proteger a empresa dos riscos envolvendo a contratação de fornecedores, fazendo com que você tome decisões mais embasadas e evite relacionamentos comerciais prejudiciais ou com grande grau de risco, no curto e longo prazo.
Com uma due diligence bem aplicada você irá identificar quais fornecedores são adequados para a sua organização ou descobrir problemas que a sua empresa não está disposta a relevar. Durante o processo você também poderá identificar riscos ocultos que poderão prejudicar a imagem da organização no mercado.
Por exemplo, a criação de uma empresa de fachada apenas para desviar pedidos enquanto subcontrata fornecedores a um preço menor para ganhar lucro.
Quando falamos de due diligence, devemos estar atentos a alguns fatores para obter êxito no processo. São eles:
- Você sabe o quão o seu fornecedor é estável do ponto de vista financeiro? Se você quer um fornecedor que apoie sua empresa em projetos de longo prazo, é importante analisar se a empresa possui integridade e estabilidade financeira necessária para evitar possíveis rupturas ou penalidades no futuro.
- As questões regulatórias são fatores de peso durante uma due diligence. Ao considerar fornecedores em conformidade com a legislação vigente protege-se a empresa contratante de ser responsabilizada pelo não cumprimento de determinadas leis e regulamentos.
- Ter uma cadeia de fornecimento qualificada reflete diretamente no ritmo do negócio como um todo, desde o recebimento de insumos até a entrega do produto ao cliente final.
Por isso, é preciso levar em conta a estratégia de operação do seu negócio, a capacidade de resiliência em acontecimentos não previstos na cadeia de suprimentos.
O que é processo de Due Diligence?
Índice
- Due Diligence significa a busca e a análise prévia de informações sobre uma empresa. O processo é essencial antes de concretizar novas parcerias, pois por meio dele as empresas podem avaliar e mitigar os riscos de se envolver em possíveis fraudes e irregularidades.
- O combate à corrupção ganhou força recentemente na legislação brasileira e ações fraudulentas de empresas e intermediários começaram a ser questionadas e, cada vez mais, monitoradas por órgãos fiscalizadores e pela própria sociedade.
- Com a Lei da Empresa Limpa, as organizações passaram a ter maior cuidado quando se trata da sua relação com terceiros.
- Isso porque essa legislação prevê a responsabilidade objetiva: quando uma empresa responde pelos atos de representantes da sua cadeia produtiva, inclusive do terceiro agindo em seu nome.
- Sendo assim, conhecer e monitorar o panorama completo dos riscos se torna fundamental para conseguir mitigá-los em tempo.
- Essa precaução dentro do contexto atual, em que lidamos com informações em abundância, é facilitada quando um processo de diligência é aplicado e, sobretudo, realizado de forma otimizada.
Neste artigo, explicaremos esse conceito e como aplicá-lo de maneira eficaz. Entenda melhor!
Esse termo em inglês significa “diligência devida” ou “diligência prévia”. A palavra diligência remete a cuidado, zelo, empenho e, também, a pesquisa e investigação.
Portanto, quando as informações de uma parceria ou de uma negociação em potencial são levantadas, é fundamental que ocorra o processo de diligência.
O processo envolve gestão de riscos e compliance, auditoria, previsão de cenários de negócios e identificação de oportunidades.
Normalmente, essa busca ocorre antes de uma negociação acontecer efetivamente e tem como objetivo avaliar terceiros, fornecedores e/ou associados.
Tal análise deve incluir, por exemplo, aspectos como área de atividade da empresa que será contratada, as possibilidades e perspectivas para o futuro do negócio e informações patrimoniais.
Quando se trata de um processo de fusão ou aquisição, até os valores envolvidos na negociação passam a ser definidos com mais assertividade a partir dos resultados encontrados na diligência.
Uma análise profunda mapeia todo o histórico de uma organização, não apenas no aspecto financeiro, mas, também, na esfera jurídica e no monitoramento de Pessoas Expostas Politicamente (PEPs) envolvidas com a instituição em questão.
Ao levarmos em conta que partes externas (parceiros, fornecedores e prestadores de serviço) podem representar uma fonte significativa de riscos para a sua empresa, o primeiro ponto é saber quem você está contratando e para qual objetivo.
Esses são questionamentos que muitas organizações consideram como “red flags” na hora de fazer uma diligência.
Mas é claro que as regras vão variar de empresa para empresa; tudo depende do setor que você atua e da legislação a qual está submetido.
A política de Know Your Customer (KYC), por exemplo, é uma medida obrigatória para todos os bancos e outras instituições.
Quais são os tipos de Due Diligence?
Anticorrupção
Atualizado em 30/06/2023
O Due Diligence é uma prática que consiste basicamente em fazer uma investigação e um levantamento de tudo que pode ser um risco futuro antes de firmar um relacionamento contratual. É uma definição bastante abrangente, e isso é porque existem diversos tipos mais específicos. Esses têm seus próprios procedimentos e finalidades. Mas o que é comum em todos é que o due diligence serve para conhecer com quem você está prestes a criar um relacionamento e decidir se será um risco ou não e se vai valer a pena ou não para você.
Um dos pilares do Programa de Compliance é o due diligence. Com a Lei Anticorrupção, empresas podem ser responsabilizadas por atos cometidos em seu benefício, mesmo sem seu conhecimento ou autorização. Essa inspeção prévia serve justamente para evitar se vincular a uma empresa que pode vir a cometer algum ato ilícito e fazer você sofrer alguma consequência.
No processo, serão checadas ações judiciais da qual a empresa pode estar participando, irregularidades fiscais, aparência na mídia, questões ambientais, seu relacionamento com o ambiente e a comunidade e a efetividade (ou existência) de seu programa de Compliance. No entanto, hoje em dia nem recomendamos se vincular a uma empresa que não tenha programa de Compliance. Ela acaba sujeita a muitos riscos.
Também podem ser verificados os relacionamentos da empresa com a administração pública e frequência dessa interação. Pode ser maior ou menor até dependendo do tipo de empresa. Esse due diligence é feito normalmente em dois casos, na contratação de terceiros e fusões e aquisições.
As empresas brasileiras possuem uma forte relação com o uso de terceiros. Empresas maiores, inclusive, possuem centenas de fornecedores ou prestadores de serviços espalhados pelo país e pelo mundo. Nos olhos de muitas empresas, fazer uma due diligence de tanta gente acaba sendo muita burocracia e trabalho, e acabam preferindo não fazer. Mas é por isso que é um dos pilares do programa de Compliance. A estrutura e os procedimentos para fazer o due diligence precisam já estar estabelecidos antes de surgir uma relação nova. Assim, o processo fica mais eficiente. Até porque é muito necessário. O prejuízo virá ou por causa da ineficiência no seu processo de due diligence, se não for bem preparado, ou em forma de consequências por não ter feito.
Para fazer essa inspeção, serão analisados aspectos financeiros, contábeis, previdenciários, trabalhistas, imobiliários, tecnológicos, jurídicos, entre outros.
Quando você vai fazer uma fusão ou aquisição, você está aceitando absorver tudo dessa outra empresa. Isso com certeza vai te trazer benefícios. Mas também pode te colocar no meio das coisas ruins possivelmente associadas a ela. Quando você vai fazer o due diligence antes de se fundir, normalmente são feitos todos os tipos de análise. Isso porque literalmente tudo sobre aquela empresa vai estar associada a você a partir desse momento. Vocês literalmente se torna.
O que é Due Diligence de terceiros?
A Due Diligence de terceiros é o processo de investigação e análise realizado por uma empresa em relação aos seus potenciais parceiros de negócios. Esse tipo de Due Diligence é comumente conduzido quando uma empresa está considerando estabelecer uma parceria estratégica, colaboração comercial ou qualquer forma de associação com outra organização. O objetivo da Due Diligence de parceiros é avaliar a idoneidade, reputação, capacidade e adequação do parceiro em potencial para a colaboração proposta. Durante esse processo, a empresa realiza uma análise detalhada das informações relacionadas à empresa, incluindo suas finanças, histórico operacional, histórico de conformidade regulatória, estrutura organizacional, cultura corporativa, histórico de litígios, entre outros fatores relevantes.
Conheça agora 3 dicas para melhorar a Due Diligence de terceiros.
- Incialmente, é importante frisar que a Due Diligence de fornecedores envolve várias etapas, como revisão de documentos legais, entrevistas com a equipe de gestão do parceiro, análise de demonstrações financeiras, avaliação da reputação do parceiro no mercado, verificação de referências, entre outras atividades, visando obter uma compreensão clara da integridade, capacidade e alinhamento estratégico do parceiro em potencial.
Esse processo permite que a empresa interessada em estabelecer a parceria identifique possíveis riscos, problemas potenciais e compatibilidade entre as duas organizações. Desta forma, com base nos resultados da Due Diligence, a empresa pode tomar uma decisão informada sobre a viabilidade e os termos da parceria proposta, bem como desenvolver estratégias para mitigar quaisquer riscos identificados.
A Due Diligence de terceiros é um processo de investigação e análise que visa fornecer informações detalhadas sobre um potencial parceiro de negócios, permitindo que a empresa interessada tome decisões informadas e minimize riscos em relação à parceria proposta.
Este processo é fundamental na avaliação de potenciais colaborações e parcerias de negócios, e para isso, é preciso conduzir uma análise detalhada dos parceiros em potencial para reduzir os riscos associados às parcerias.
O primeiro passo para aprimorar a Due Diligence de fornecedores é estabelecer critérios claros de avaliação.
- Por isso, antes de iniciar o processo, é essencial definir os requisitos e as expectativas que a empresa busca em um parceiro.
- Avalie a inclusão de critérios relacionados à integridade, experiência, capacidade financeira, conformidade regulatória, cultura organizacional e valores éticos.
A definição precisa dos critérios faz com que empresa contratante posa focar na obtenção de informações específicas e relevantes durante a Due Diligence e evita a coleta excessiva de dados desnecessários, direcionando os esforços para as áreas críticas de análise.
Além disso, critérios claros facilitam a comparação entre diferentes parceiros em potencial, tornando a tomada de decisão mais objetiva e transparente.