Quais as complicações da cirurgia plástica?
A cirurgia plástica, assim como qualquer outro tipo de procedimento cirúrgico, deve ser realizada por um profissional habilitado, em ambiente hospitalar e envolve uma série de cuidados e riscos específicos.
Ao se introduzir algo estranho no corpo uma cápsula se forma ao redor da prótese de mama, o que é natural em todos os casos. Porém em alguns casos esta cápsula formada é mais espessa. Isto pode acontecer com pacientes que tiveram no pós-operatório infecção, algum acúmulo de líquido (seroma) ou mesmo sangue (hematoma) junto da prótese. Isto gera uma aparência mais arredondada e pouco natural para o seio, caso haja deformação e em graus mais elevados até dor.
Em casos raros, a prótese de silicone pode estourar, principalmente próteses mais antigas ou na ocorrência de trauma nos seios. Se isso acontecer, a textura do gel de silicone impede que ele se espalhe pelo organismo e cause danos à saúde. Mas a prótese deve ser trocada.
No momento da cirurgia, alguns nervos são lesados, causando falta de sensibilidade nos seios. Entretanto, na maioria das vezes, após alguns meses há regressão deste quadro e o paciente volta a sentir sensibilidade.
Se o paciente não seguir o repouso recomendado ou se estiver passando por uma infecção, os pontos feitos pelo cirurgião podem se abrir e expor os tecidos. Caso isso aconteça, é necessário retornar ao médico e iniciar o tratamento.
Normalmente há um pequeno acúmulo de líquidos ao redor da prótese, que é absorvido pelo próprio organismo durante o pós-operatório, porém, em casos mais graves, como hematomas (acúmulo de sangue) ou seromas (acúmulo de linfa) são necessárias abordagens como punções ou uma revisão cirúrgica na tentativa de evitar a contratura capsular.
Causada por bactérias até mesmo da própria pele, as infecções podem ser evitadas com medidas de antissepsia rigorosa da pele, métodos de esterilização e o uso de antibióticos durante a cirurgia e também no pós-operatório. Caso aconteça e não haja resposta positiva do organismo ao tratamento com os medicamentos, atingindo níveis graves, pode ser necessária a retirada dos implantes, sendo possível uma nova tentativa de recolocação após 12 meses.
O alargamento da cicatriz é quando ela fica rasa, larga e frouxa, que pode ser uma consequência de uma tensão acima do normal da pele ou de uma possível ruptura de pontos, por movimentação da cicatriz.
A cirurgia plástica que retira o excesso de pele, gordura e as estrias abaixo do umbigo e ainda recupera a firmeza dos músculos do abdômen pode ter alguns riscos. Reflita se compensa mesmo para o seu caso.
Cicatrizes de cirurgias anteriores, até mesmo de cesáreas, não são problemas para a eficácia do procedimento, mas o tipo de cicatriz (grandes cicatrizes diagonais ou transversais) poderá i.
Quais as cinco principais complicações no Pós-operatório?
Em grande parte das vezes, uma cirurgia envolve uma série de preocupações. Afinal, exceto no caso de procedimentos estéticos, o objetivo costuma ser resolver um problema de saúde.
Portanto, tanto no pré quanto no pós-operatório, é importante que o paciente tenha a assistência adequada para favorecer sua recuperação.
Neste artigo, vamos falar sobre alguns riscos e cuidados essenciais para o período pós-operatório e como eles podem contribuir para a cicatrização e recuperação global da saúde. Confira!
É importante destacarmos que, durante o pós-operatório, o paciente passa por um processo longo até sua recuperação.
Depois de uma cirurgia, nós geralmente vemos uma cicatriz externa, ou seja, um corte na pele. Em muitos casos, esta ferida tende a cicatrizar rápido.
Porém, abaixo desta superfície de cicatrização rápida, o corpo precisa reconstituir tecidos internos. Para isso, ele produzirá diferentes tipos de células e acionará sistemas diversos.
Um dos sistemas que atuam nesse processo é o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo.
Entre outras funções, ele elimina toxinas, repara tecidos e fica em alerta para combater eventuais bactérias que podem entrar no corpo por meio da incisão e infectar o organismo.
Devido a todas as necessidades do organismo neste período, o pós-operatório pode ter algumas complicações como:
- As infecções da ferida cirúrgica estão entre os maiores riscos para os pacientes que passam por um procedimento. Quando acontece ainda no hospital, pode aumentar o tempo de internação, causar transtornos físicos e emocionais.
- No entanto, alguns pacientes têm uma infecção durante seu período de recuperação, já em casa.
- É muito difícil determinar o que causou a infecção em um paciente no pós-operatório. Afinal, as bactérias podem ter vindo da própria pele, dos instrumentos cirúrgicos, da equipe profissional ou durante a realização dos curativos.
A incisão da cirurgia abre a barreira protetora do organismo, que é a pele. Portanto, esta porta pode permitir a entrada de bactérias que proliferam no organismo e geram infecções.
O risco de uma trombose acontecer após uma cirurgia é maior do que em uma situação normal, em que a pessoa não passa por nenhum procedimento.
No entanto, ela acarreta sérias consequências e traz até mesmo risco de morte.
Por isso, mesmo não sendo uma ocorrência tão comum, os médicos ficam atentos a este risco e tomam vários cuidados para evitar esta complicação.
Tanto a cirurgia quanto o repouso prolongado aumentam o risco de trombose venosa profunda. Por isso, assim que possível, a pessoa precisa começar a se movimentar ou fazer fisioterapia, quando indicado.
A retenção urinária e constipação intestinal também são frequentes no pós-operatório. Isso acontece, mais uma vez, por imobilidade durante o período de recuperação e também devido ao uso de anestésicos e medicamentos.
A abertura dos pontos depois de uma cirurgia recebe o nome de deiscência. Esta complicação pode acontecer por vários motivos, mas o principal é a press.
Quais os principais fatores de risco para as complicações do Pós-operatório de cirurgia plástica?
A demanda por cirurgia plástica estética tem aumentado progressivamente, devido principalmente a novas técnicas cirúrgicas e maior aceitação social. Dentre os procedimentos de cirurgias plásticas mais frequentes estão as cirurgias de mamas (aumento ou redução), lipoaspiração, abdominoplastia e cirurgias faciais1-3.
Historicamente, a cirurgia plástica estética é considerada um procedimento seguro2-6, mas há riscos inerentes, como em qualquer cirurgia7-9. Por isso, o cirurgião plástico deve avaliar o paciente considerando os mesmos padrões rigorosos adotados em outras cirurgias, incluindo avaliação pré-operatória detalhada, exame físico e exames laboratoriais, além da monitoração trans e pós-cirúrgica imediata com o objetivo de garantir a segurança do paciente. É importante levantar dados sobre uso de medicamentos, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo, bem como fornecer orientações pré-operatórias10,11. A avaliação pré-operatória é a chave para a realização de um procedimento cirúrgico seguro, e isso inclui desde o conhecimento anátomo-fisiológico minuscioso, bem como a decisão sobre a técnica mais adequada para aquele paciente12.
Problemas respiratórios e infecções bacterianas são descritos com certa frequência em procedimentos de cirurgia plástica em geral. A análise de fatores preditivos de complicações geralmente requer atenção a múltiplos aspectos, tornando estudos na área difíceis de executar e analisar4,5,9. Há muita controvérsia entre os diversos autores.
A literatura refere que a realização de cirurgia plástica estética em instalações cirúrgicas credenciadas resulta em uma incidência muito mais baixa de complicações, mesmo quando não são realizadas em hospitais5.
Byrd et al.2 fizeram uma revisão de prontuários de mais de 5000 cirurgias plásticas realizadas entre 1995 e 2000, no Texas, incluindo diferentes procedimentos como ritidectomia, blefaroplastia, cirurgia de mamas (aumento ou redução), rinoplastia, otoplastia, abdominoplastia e lipoaspiração. Concluíram que os procedimentos realizados em office-based facilities (ambulatoriais, day clinic, clínicas) são seguros, visto que a prevalência de complicações em decorrência da cirurgia plástica foi de 0,7%, desde que observados alguns cuidados em relação à anestesia. As complicações mais frequentes foram hematoma (27 casos) e infecção (6 casos).
Entretanto, de acordo com Iverson e a American Society of Plastic Surgeons-ASPS4, o estresse fisiológico relacionado ao procedimento cirúrgico é um fator de segurança que deve ser considerado, quando da escolha do local mais apropriado para o procedimento cirúrgico. Dentre os principais fatores que podem gerar desgaste fisiológico, podem-se citar aqueles causados pela perda de sangue durante a cirurgia, hipotermia, lipoaspiração em combinação com outros procedimentos, duração do procedimento e risco de trombose ou embolia pulmonar4.
Perda de sangue significativa durante a cirurgia pode levar a instabilidade clínica no pós-operatório, bem como levar a…
Quais são os riscos e as possíveis complicações da cirurgia?
Dentre as complicações mais comuns estão a febre, as relacionadas aos sistemas respiratório, cardiovascular e gastrointestinal e também as associadas à ferida operatória.
Qual o índice de mortes por cirurgias plásticas?
Na última semana, a internet foi pega de surpresa com o anúncio da morte precoce da influenciadora Luana Andrade. Aos 29 anos, a ex-participante do programa “Power Couple”, da TV Record, teve complicações após uma lipoaspiração no joelho.
A história da influenciadora não é um caso isolado. Embora não existam registros oficiais sobre falecimentos após procedimentos cirúrgicos estéticos, uma tese de doutorado, defendida pelo dermatologista e pesquisador Érico Di Santis, levanta informações sobre o tema. Conforme o trabalho, entre 1987 e 2015, foram noticiadas 102 mortes após procedimentos estéticos no país.
Um levantamento feito pela reportagem* mostra que, entre 2022 e 2023, três mulheres morreram em Belo Horizonte após se submeterem a cirurgias plásticas. As pacientes tinham idades entre 29 e 54 anos.
Embora diferentes fatores possam estar envolvidos nas mortes relatadas – vale ponderar que procedimentos cirúrgicos têm sempre um risco –, um questionamento paira no ar: a pressão estética tem sido tão forte a ponto de se tornar cada vez mais comum que as pessoas recorram a intervenções para modificar a aparência?
Os dados brasileiros parecem dizer que sim. Somente em 2020, ano de início da pandemia da Covid-19, foram feitas 1.306.962 cirurgias plásticas no país. Valor que coloca o Brasil na segunda posição entre os que mais fazem procedimentos cirúrgicos estéticos no mundo. As informações são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps, na sigla em inglês).
A situação não é muito diferente ao redor do mundo, que também registra centenas de milhares de procedimentos feitos. Na avaliação do psicólogo Danty Marchezane, o cenário reflete uma questão de saúde mental coletiva. “Não é algo individual. Até porque se a gente for olhar ao nosso redor, todo mundo está fazendo alguma coisa. Se estamos em um círculo, num restaurante, entre os nossos amigos, vai ter sempre alguma pessoa que passou por um procedimento estético, e isso é preocupante”, pontua.
“Por que o nosso corpo parece não ser bom o suficiente para nós?”, questiona. “É claro que é justo que a pessoa tenha a liberdade e o direito de realizar os procedimentos que lhe convêm. Não estamos aqui para dizer que é proibido, mas isso começa a alcançar um ponto que começa a ficar nocivo”, observa ele, que também é mestre em estudos psicanalíticos pela UFMG, professor da Faculdade Pitágoras e conselheiro do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais.
As coisas acabam se tornando tão constantes que a busca por modificações cirúrgicas tem acontecido cada vez mais cedo. Se antes esses procedimentos costumavam ser usados para esconder ou suavizar os sinais do tempo, agora eles acabam se tornando parte da rotina dos mais jovens. Uma pesquisa desenvolvida pela Academia Americana de Cirurgia Facial, Plástica e Reconstrutiva aponta que 56% dos cirurgiões consultados notaram um aumento no número de clientes com menos de 30 anos.
Outro estudo desenvolvido pela Academia evidenciou também os ef…
Qual a cirurgia plástica de maior risco?
Descubra qual o risco de uma cirurgia plástica e entenda de uma vez por todas se vale a pena fazer o procedimento que você quer
Se você quer saber quais os riscos de uma cirurgia plástica, a resposta é que existem vários. Por outro lado, se a sua dúvida é se vale a pena deixar de fazer um procedimento por causa dos riscos envolvidos, a resposta geralmente é não.
Isso porque, assim como toda cirurgia, as cirurgias plásticas também possuem riscos envolvidos. Porém, isso não impede que sejam realizadas e que tenham ótimos resultados, melhorando a qualidade de vida do paciente.
O que é feito nesse caso é a busca pela redução dos riscos e por um método mais seguro. Isso pode ser feito de várias maneiras, que devem ser estudadas e planejadas pelo médico responsável.
Apenas em casos raros e específicos, uma cirurgia plástica vai ser contraindicada completamente para um paciente.
Assim como qualquer procedimento invasivo, as cirurgias plásticas não estão ilesas de oferecer riscos e complicações. Porém, é completamente possível contornar esses riscos e oferecer uma cirurgia segura e eficaz para um paciente.
Isso porque os principais riscos estão associados com uma avaliação pré-operatória mal feita. Pacientes com doenças crônicas, problemas de coagulação ou que estejam fumando na época da cirurgia são mais propensos a terem complicações, como má cicatrização e tromboses no pós-operatório.
Além disso, outras complicações podem acontecer, como:
- Infecções
- Hematoma
- Assimetria
- Rejeição do implante
- Alterações na sensibilidade
Porém, quase sempre tudo isso pode ser evitado com apenas dois cuidados: escolher um médico capacitado e, é claro, seguir suas orientações. A seguir confira mais informações sobre isso.
As cirurgias que oferecem menos riscos são, no geral, as menores e em locais de melhor cicatrização. Um exemplo disso são os implantes de silicone, que hoje em dia são considerados procedimentos simples.
Além desses, outros procedimentos estéticos que possuem baixo risco são os métodos pouco invasivos, como aplicação de botox, por exemplo.
Uma cirurgia que foi considerada por muitos anos como a mais arriscada é a lipoaspiração. Isso porque, devido aos movimentos de vai e vem que são feitos nesse procedimento, por muito tempo ocorriam muitas vítimas fatais. O que muita gente não sabe é que isso acontecia pela falta de perícia do médico.
Hoje em dia há formação médica mais qualificada e melhora da tecnologia, fazendo com que a lipo seja mais segura. Nesse sentido, as cirurgias mais arriscadas são, de forma geral, as mais complexas.
Isso porque quanto maior a cirurgia, mais ela vai exigir do corpo capacidade de recuperação. E é nesse processo, por exemplo, que podem ocorrer complicações como as tromboses.
Alguns exemplos são as lipos mais completas, como lipo HD e a abdominoplastia. Além disso, alguns pacientes optam por fazer diversas cirurgias em um mesmo dia, como a junção de abdominoplastia, lipoaspiração e prótese de silicone, o que também aumenta os riscos.
Independente do risco individual de uma cirurgia, a primeira forma de evitar o risco de.
Qual a porcentagem de risco de morte em uma abdominoplastia?
Antes de decidir se devem ou não fazer uma cirurgia, muitas pessoas pesquisam quais os riscos de realizá-la e estão totalmente certas em fazer esta busca! É importante que você saiba o máximo que puder sobre o procedimento e questione o seu cirurgião para isso. Neste post vamos tratar sobre “Quais são os Riscos da Abdominoplastia?” para saber, continue a leitura!
A Abdominoplastia é uma cirurgia que retira a pele abaixo do umbigo e “estica” a pele remanescente. Ela não retira a gordura de outros lugares além da que sai junto com a pele (abaixo do umbigo). Ela costuma deixar uma grande cicatriz, porque para retirar a pele é preciso cortá-la. A cicatriz é proporcional ao excesso de pele: quanto maior a flacidez, maior a cicatriz. A cinta muscular também é afivelada na cirurgia, pois corrige o distanciamento dos músculos, geralmente resultante da gravidez. É indicada para casos de flacidez de pele, sem excesso de gordura.
A Abdominoplastia não é uma cirurgia plástica que gera muitos efeitos colaterais complicações ou riscos, mas como toda cirurgia possui seus riscos, mesmo que mínimos, não podem ser ignorados, listei alguns deles, confira:
- A cicatrização varia de pessoa para pessoa e algumas sofrem com problemas como queloide, cicatrizes salientes que comprometem a estética.
- O quelóide é uma cicatriz alta, grossa, que costuma doer ou coçar e que cresce além da cicatriz inicial. É de origem genética na maioria dos casos, acometendo mais pacientes afro-descendentes e asiáticos.
- A cicatriz hipertrofica se assemelha ao queloide, mas é menos intensa e costuma regredir com o tempo. A causa mais comum é a tensão na cicatriz, sendo mais frequente na região central da cicatriz, onde fica mais esticada.
- Ela não é muito comum, mas a doença pode acontecer. Ela é caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos (trombos) no interior das veias, geralmente acometendo as pernas, sobretudo as panturrilhas (batatas das pernas). O grande risco da trombose é levar à embolia, quando o coaguo se solta da perna e vai entupir os vasos do pulmão, o que pode ser fatal.
É importante ressaltar que a trombose pode surgir em pessoas que nunca passaram por uma cirurgia plástica. Isto porque não está ligada ao procedimento, mas sim a vários fatores de risco, como:
- Idade avançada;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Uso de anticoncepcionais hormonais;
- Histórico pessoal ou familiar de trombose venosa profunda;
- Imobilidade prolongada;
- Câncer;
- Gravidez ou pós-parto;
- Doenças autoimunes.
As especialidades que mais apresentam risco de trombose são cirurgias ortopédicas, ginecológicas e neurológicas.
É fundamental se que tome medidas para evitar a trombose, como usar meias antitrombose, uso do compressos de panturrilhas (em todas as cirurgias) e de um anticoagulante especifico (nos casos de cirurgias de maior porte).
Estas podem ser as mais graves complicações de qualquer cirurgia e acontecem quando um coágulo de sangue se forma no interior de uma veia, passa pelos vasos sanguíneos e chega ao coração ou pulmão, impedindo a chegada do sangue e a oxigenação nesse local.
Abertura dos pontos cirúrgicos. Pode ocorrer por problemas de cicatrização ,desnutrição, deficil de vitaminas, tensão excessiva na sutira, mas na mai.
Qual o procedimento cirúrgico que mais mata no Brasil?
Especialista alerta para os riscos da lipoaspiração e outros procedimentos
Segundo dados mais recentes da pesquisa realizada pela Sociedade Internacional da Cirurgia Plástica (ISAPS) em 2020, o Brasil se encontra em segundo lugar no ranking internacional de realizações de cirurgias plásticas. Ainda divulgado pelo estudo, 61,8% das mortes no país ocorreram devido somente à lipoaspiração.
Os exames mais comumente necessários são de sangue como hemograma, de coagulação do sangue, função renal, testes para detecção de diabetes, de gravidez, eletrocardiograma, entre outros, além da avaliação de risco cirúrgico com um anestesiologista”, explica.
Segundo a especialista, uma dúvida comum se refere à necessidade de exames para trombofilia, condição clínica que aumenta o risco de trombose. “É importante destacar que não é recomendado na literatura médica que esses exames sejam solicitados para todos os pacientes, pois com certa frequência os exames não conseguem afastar ou confirmar a presença de trombofilia. Atualmente, a orientação é de que os exames para pesquisa de trombofilia sejam solicitados apenas para os casos em que haja suspeita da doença e essa suspeita só pode ser conhecida mediante uma boa avaliação na consulta pré-operatória.”
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A remoção de gordura acumulada em diversas partes do corpo, explica a médica, pode ser feita por meio da lipoaspiração, isoladamente ou em conjunto com outras cirurgias plásticas, como a abdominoplastia e a redução de mama. Ela ressalta, porém, que os riscos de procedimentos cirúrgicos são maiores à medida que o tempo cirúrgico aumenta. No caso específico da plástica, a orientação é que o paciente esteja no peso ideal no procedimento. “Não existe um procedimento mais arriscado que outro. Todos os procedimentos médicos, cirúrgicos ou não, têm seus riscos bem estabelecidos na literatura médica, que devem ser minuciosamente explicados para o paciente no pré-operatório. Isso vale para todas as cirurgias, incluindo as que não são plásticas. No caso da cirurgia plástica, este é só mais um motivo para que as pacientes operem dentro de um peso adequado, pois quando isso ocorre, o procedimento fica menor e mais rápido, diminuindo os riscos”, afirma Aline.
“A associação de cirurgias plásticas é permitida e considerada segura contanto que alguns aspectos sejam observados, como, por exemplo: previsão de tempo cirúrgico não muito extenso; previsão de que a área operada não exceda os limites recomendados na literatura médica; associar procedimentos apenas para pacientes com peso adequado; evitar associação de procedimentos para pacientes não muito jovens e/ou que tenham alguma doença crônica.”
Outros fatores como obesidade, tabagismo, sedentarismo, doenças comuns como diabetes e hipertensão podem, também, aumentar o risco cirúrgico de qualquer paciente.